quinta-feira, 5 de agosto de 2021

ELPÍDIO FURTADO DE MENDONÇA E MENEZES

 




TEXTO ELABORADO PELO ACADÊMICO ELEITO ANDRÉ FELIPE P. FURTADO DE MENDONÇA E MENEZES, TRINETO DO HOMENAGEADO.

Elpídio Furtado de Mendonça e Menezes nasceu no dia 13 de março de 1836, em Baturité, no Ceará. Ainda criança, chegou ao Rio Grande do Norte, acompanhando seus pais e irmãos, na década de 1840. Era filho de Antonio Furtado de Mendonça e Meneses – natural da Ilha da Madeira, em Portugal – e de Isabel Ferreira Cavalcante, nascida no Ceará.
Em solo potiguar, Antonio Furtado adquiriu terras em Santa Cruz e em Ceará-Mirim, onde fundou o Engenho União. Com a morte do pai, ocorrida antes de 1867, Elpídio e seu irmão José passaram a comandar o União, movido à vapor, e que ficou conhecido como o Engenho dos Irmãos Furtado.
Elpídio Furtado era major da Guarda Nacional e se destacou no cenário político ceará-mirinense. Conservador, foi presidente da Intendência de Ceará-Mirim (cargo equivalente a prefeito), entre os anos de 1867 a 1870 e de 1873 a 1876. Entre esses dois períodos, no biênio de 1872/1873, foi deputado provincial.
Depois de entregar o cargo do executivo municipal, o major Elpídio Furtado integrou, em 1877, a Comissão de Socorros, que cuidava do problema da seca que assolou o vale verde. Foi nomeado delegado de polícia de Ceará-Mirim em 1888.
Também em 1888, firmou um abaixo-assinado, encabeçado pela Baronesa de Ceará-Mirim, que reivindicava à S. Majestade Imperial, Dom Pedro II, a construção de um ramal de linha férrea da ferrovia Natal-Nova Cruz, com o objetivo de melhorar a lavoura, o comércio e a indústria de Ceará-Mirim, que era a maior e mais rica cidade da Província do Rio Grande do Norte. Apesar dos esforços, a estrada de ferro só foi inaugurada em 1906.
Em 1890, Elpídio Furtado ainda cultivava sua veia política: fez parte do octonato de transição da monarquia à república, ao lado de José Inácio Fernandes Barros, Manuel Ronaldsa de Castilho Brandão, Padre Antônio Antunes de Oliveira, Felismino do Rego Dantas, Manoel Teixeira da Fonseca e Silva, João Victorino Ferreira Nobre e Francisco Xavier Pereira Sobral.
Em 1900, já longe da política, o major Elpídio Furtado compareceu a uma grande Parada Militar havida no Rio de Janeiro, que contou com a presença de Campos Sales, Presidente da República, Epitácio Pessoa, Ministro da Justiça, e do general Hermes da Fonseca. Foi, provavelmente nessa ocasião, que Elpídio Furtado posou para sua rara fotografia.
Elpídio Furtado casou-se três vezes. O primeiro casamento foi em 1859, com sua sobrinha Ana Angélica, filho do seu irmão José Furtado. Com ela teve sete filhos, a saber, Petrolina, Emília, Hermenegildo, Elpídio, Maria e os gêmeos Irineu e Anísio. Com a morte de Ana Angélica, em 1879, Elpídio casou-se com outra sobrinha, de nome Delfina Teodolina, que morreu no Engenho União, durante trabalho de parto, cujo filho também não resistiu. Depois de amargar a viuvez por duas vezes, casou-se, no ano de 1890, com Isabel Victória de Oliveira Sucupira (Bebé), com quem teve quatro filhos: José Maria, Abel, Abigail e Gil.
Elpídio Furtado passou por Extremoz e São Gonçalo, antes de chegar em Natal, onde morreu no dia 21 de agosto de 1910, aos 74 anos.

Parte superior do formulário

André Felipe Pignataro, Danyel Freire, Francisco Veríssimo De Sousa Neto e outras 3 pessoas curtiram isso.

FONTE - SITE ACADEMIA CEARÁ-MIRINENSE DE LETRAS E ARTES “PEDRO SIMÕES NETO”, FOTO - SITE GENI

Arquivo do blog

ELPÍDIO FURTADO DE MENDONÇA E MENEZES

  TEXTO ELABORADO PELO ACADÊMICO ELEITO ANDRÉ FELIPE P. FURTADO DE MENDONÇA E MENEZES, TRINETO DO HOMENAGEADO. Elpídio Furtado de Mendo...